Ensinando com fé e amor
Vivemos em um mundo complexo e interligado com sucessivas mudanças e essas mudanças fazem surgir uma nova concepção da educação. Nesta concepção, o educador é desafiado a inovar para acompanhar a evolução, adquirindo novas técnicas capazes de transformar o ensino-aprendizagem em algo dinâmico, significativo e participativo.
A escola com todos os seus agentes são indispensáveis na construção do conhecimento, no processo de aprendizagem e na tarefa de educar.
Vygotsky (apud OLIVEIRA,1997,p.62) diz que : “como na escola o aprendizado e´ um resultado desejável, é o próprio objetivo do processo escolar, a intervenção é um processo pedagógico privilegiado .[...] O único bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento”.
A escola lida com essas mudanças havendo uma crescente necessidade de buscar alternativos e meios mais adequados à elaboração de projetos que questionem paradigmas e quebrem barreiras, facilitando o desenvolvimento reflexivo, autônomo e crítico capaz de realizar o desenvolvimento da sociedade tornando-a mais justa e igualitária, onde o conhecimento é constituído na relação com o contexto em que é utilizado.
Estudos revelam que o aluno aprende mais quando participa, não apenas como receptor de informações com respostas prontas, mas como sujeito do próprio conhecimento. Como disse Rubem Alves” para isso existem escolas:não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas.As respostas nos permitem andar sobre a terra firme,mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido”(Rubens Alves – Nova escola).
Na relação com o meio a criança se desenvolve, construindo e reconstruindo suas hipóteses sobre o mundo que o cerca.
Neste sentido, faz-se opção pela proposta construtivista de Piaget, por entender que dentro da escola, isso signifique democratizar as relações para formar sujeitos autônomos. Ele enfatiza a necessidade de se conhecer o desenvolvimento do aluno, respeitando suas características psicossociais, própria de cada estágio da evolução.
Diversos estudiosos da educação como Piaget, Dewey, Gardnem, Jussara Hoffmann deixaram suas contribuições, que nos ajudam a compreender a forma, como ocorre o processo de elaboração do conhecimento.
A escola precisa exercer sua autonomia para escolher a melhor forma de atuar na aprendizagem do aluno. A educação não deve ser vista como um acúmulo de conhecimento, mas como formação integral do aluno formando-o para vida.
“O papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não somente o desenvolvimento individual do aluno” (Émile Durkheim- Nova Escola; outubro 2003, pág.33)
A formação do aluno não é apenas um processo intelectual, mas global e complexo, onde a educação não pode ficar alheia a essas mudanças para formar cidadãos críticos com visão global, desenvolvendo valores, atividades e postura, adequando-se às necessidades de um mundo em constante desenvolvimento.
Os projetos são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver um ou um produto final que se quer obter.
A Pedagogia de Projetos é baseada em estudos feitos por Jonh Dewey e outros estudiosos, descobrindo formas e caminhos para uma educação qualitativa, onde possibilita ao aluno a sua interação, autonomia e possibilidade de reflexão.
Dewey foi um dos precursores dos métodos ativos fundamentados na possibilidade de um aluno conduzir o próprio aprendizado e assim aprender a aprender. Segundo ele, para que o trabalho das crianças não seja uma simples cópia, é necessário que seja realmente a expressão do pensamento.
A escola precisa avançar no sentido de romper com as práticas tradicionais. É necessário que ela se instrumentalize no sentido de estimular o aluno a desenvolver suas capacidades cognitivas, produzir significados, estabelecer relações, justificar, analisar, criar, tomar decisões e inferir, ou seja, decidir com inteligência. Estes são requisitos básicos de uma escola de qualidade social.
